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Está na hora de se livrar daqueles velhos maus hábitos

Não é por que muita gente faz que está certo! Se não aconteceu nada de ruim desta vez, não significa que não vai acontecer na próxima!

Pois é, essas frases parecem aqueles conselhos que a gente ouvia quando era criança, após aprontar uma arte.

Bons tempos aqueles, quando os pais ou avós acudiam os traquinas e, por vezes, consertavam os estragos feitos nas travessuras.

Travessuras essas que custavam apenas umas broncas, uns castigos. E se fosse reincidência… umas merecidas palmadas.

Se o coisa migrasse para a teimosia… bem, aí a situação poderia ficar mais complicada…

Mas o tempo passa, as pessoas amadurecem e os maus hábitos desaparecem.

Mas será mesmo?

O pior é que não. Os maus hábitos adquiridos na profissão, também conhecidos como vícios profissionais, são responsáveis por uma bela parcela dos retrabalhos, perda de produtividade e o pior: acidentes no trabalho.

A grande maioria desses vícios aparecem quase que naturalmente. Outros não, são “ensinados” por colegas de profissão. São os atalhos, os jeitinhos e os quebra-galhos.

A pessoa sabe que é errado, mas na hora do “aperto” acaba fazendo, jurando para si mesma que será só aquela vez.

Mas, como dá certo, acaba fazendo uma segunda, uma terceira e, quando vê, virou rotina. Até que um dia… algo acontece.

Quando o prejuízo é apenas material, é bem ruim. Afinal de contas ninguém trabalha para perder dinheiro ou clientes. Mas vá lá!

O problema é quando ocorrem os acidentes e pessoas saem machucadas. Bem, nem é bom comentar.

O caso mais grave é a teimosia. Você, com a melhor das intenções, alerta a pessoa do risco e acaba ouvindo, num tom meio mal criado:

Faço isso há anos e sempre deu certo! Se conselho fosse bom e gente vendia!

E acaba “pintando” o desespero, pois na maioria das vezes, são colegas muito chegados, amigos, ou mesmo, parentes.

O máximo que podemos fazer numa situação dessas é orar pela segurança de pessoa.

Mas afinal de contas quais são os vícios que ocorrem no mundo dos “Guerreiros das Oficinas”?

A lista é muito longa. Todo profissional sabe disso.

Vamos citar alguns poucos exemplos:

• Usar estopa para limpar peças: Os fiapos podem obstruir furas de lubrificação. Por que não um pano de algodão adequado?

• Usar solvente inflamável para limpeza ao invés de um desengraxante moderno e antialérgico: Além do risco de incêndio e explosões o mecânico tem a sua pele atacada por esses produtos.

• Não aposentar ferramentas danificadas: Para que soldar compressores de molas quebrados? Eles podem romper e fazer a mola pular na sua cara.

• Comprar peças sem procedência só por que são baratas: E se forem fruto de roubo de carga? Isso é crime de receptação! Vai sujar o nome por trocados.

• Testar a carga da bateria dando um curto entre os polos: Além de estragar a bateria ela pode explodir na sua cara!

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Trabalhar sem equipamentos de proteção: Um descuido…e lá se vão os olhos (óculos de segurança). Uma bobeada e lá se vão os dedos do pé (calçado de segurança). E por que não usar as luvas de proteção, ou o creme protetivo?

• Adaptar ferramentas ao invés de comprar ou emprestar: Chave de fenda não é talhadeira, saca pino, ou extrator de rolamentos. Macaco hidráulico
não é compressor de molas helicoidais. Compras coletivas de itens caros podem trazer grandes vantagens. A ferramenta certa faz o trabalho ficar mais fácil, seguro e rápido.

• Ar comprimido não substitui o chuveiro: Pare de se limpar com ele.

• Mecânico sujo é mecânico que trabalha: melhor nem comentar.

• Acender o maçarico com isqueiro a gás com corpo plástico: se a chama pegar no corpo do isqueiro….

• Para montar um rolamento em um eixo, aquecer o mesmo até ficar vermelho: Não! Isso danifica o rolamento. Congele o eixo!

Enfim, é verdade que nem todos os profissionais tem esses maus hábitos.

Grande parte dos mecânicos evoluiu e se encontra num patamar técnico bastante elevado.

Mas aqueles que ainda insistem com eles, precisam entender que para sobrevier no mercado atual, cheio de exigências é preciso deixar de lado esses pequenos vícios e evoluir junto com a tecnologia. Nem sempre se tem uma segunda chance.

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